Ataque a tiros em escola mata aluna em São Paulo

Hoje, na manhã de segunda-feira, um trágico ataque a tiros ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, localizada na zona leste de São Paulo. Como resultado desse evento devastador, uma estudante de 17 anos perdeu a vida e três outros alunos ficaram feridos.

As circunstâncias do ataque foram as seguintes:

De acordo com informações da Polícia Militar, um aluno do 1º ano do Ensino Médio, com apenas 16 anos, trajando o uniforme da escola, entrou nas dependências da unidade escolar pouco após as 7h e disparou quatro tiros contra outros estudantes. O ataque ocorreu em uma sala do 1º ano do ensino médio, no segundo andar do prédio.

Imediatamente após o ataque, o agressor entregou a arma à coordenadora da escola e se entregou à polícia. Ele foi detido e será conduzido à Fundação Casa.

Infelizmente, a estudante ferida gravemente na cabeça não resistiu e faleceu após ser levada ao pronto-socorro. Segundo o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, não existem indícios de que a estudante falecida fosse um alvo planejado pelo atirador, uma vez que ela não tinha qualquer relação anterior com ele, de acordo com as informações iniciais.

As outras vítimas, duas meninas e um menino, sofreram ferimentos no tórax, na clavícula e no membro superior direito. As três vítimas foram prontamente socorridas e encaminhadas ao pronto-socorro de Sapopemba, localizado a 600 metros da escola. Felizmente, elas estão estáveis e sem risco de vida.

A arma utilizada no crime é um revólver calibre .38, pertencente ao pai do atirador, que trabalha como motociclista. O registro da arma data de 1994, e a mesma permanece no local do crime para fins de perícia pela Polícia Civil.

A escola alvo do ataque, Escola Estadual Sapopemba, abriga cerca de 1800 alunos do ensino fundamental II e ensino médio. Recentemente, a escola passou a contar com a presença de um psicólogo, e foram realizados 15 atendimentos psicológicos no local no mês de setembro. Após esse trágico episódio, as aulas na escola serão suspensas pelos próximos dez dias.

As autoridades já confirmaram a autoria do crime e o atirador foi encaminhado ao Instituto Médico Legal e posteriormente ao 70° Distrito Policial. A polícia respondeu ao incidente com mais de 20 viaturas e um helicóptero que chegaram ao local para prestar atendimento.

Vale ressaltar que, em abril deste ano, a mãe do atirador havia registrado um Boletim de Ocorrência denunciando ameaças e agressões contra seu filho. No entanto, o processo não avançou, pois a mulher não representou no prazo de seis meses, e nenhuma investigação foi iniciada.

Diante dessa tragédia, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, expressaram suas condolências às famílias das vítimas. O governador reforçou a necessidade de apoiar os estudantes, professores e familiares afetados por este triste episódio e de fazer uma profunda reflexão sobre a segurança nas escolas. Medidas como a contratação de mais psicólogos e seguranças privados nas escolas estão sendo consideradas como parte desse esforço.

Este é mais um episódio triste em uma série de ataques em escolas ocorridos no estado de São Paulo, demandando um exame rigoroso das medidas em vigor e da segurança nas escolas para prevenir novas ocorrências. A escola deve ser um local seguro e de acolhimento para os estudantes.

Sinval Silva para o Itay Notícias
Fonte: O Globo
Foto: Hyandra Freitas

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