O Brasil testemunhou um aumento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) durante o segundo trimestre de 2023, que abrange os meses de abril a junho. Este crescimento superou em três vezes a media das previsões do mercado financeiro, que projetava um modesto aumento de 0,3%. Esse desempenho foi impulsionado pelo sólido progresso nos setores industrial (0,9%) e de serviços (0,6%), evidenciando a consolidação da recuperação econômica sob a administração do governo Lula.
Os dados recém-divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 1º de setembro, também revelam que o crescimento no segundo trimestre representa um impressionante salto de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e um aumento de 3,7% quando comparado com o primeiro semestre de 2022. Essa trajetória ascendente promete boas perspectivas para o encerramento do primeiro ano do governo Lula, apesar da revisão ligeira para baixo no resultado do primeiro trimestre, que passou de 1,9% para 1,8% de crescimento.
Em comunicado, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda projetou um crescimento de 2,5% do PIB em 2023 com base nos resultados divulgados hoje. O governo também enfatizou a robustez desses números em comparação com outras economias, afirmando que “entre os países do G-20 que já divulgaram o PIB do segundo trimestre de 2023, o Brasil teve o segundo melhor desempenho na comparação trimestral e ocupou a 4ª e 5ª melhores posições na comparação interanual e na variação acumulada em quatro trimestres”.
De acordo com a classificação da agência Austin Rating, o crescimento do PIB brasileiro no segundo trimestre foi o 12º maior entre 46 países que apresentaram crescimento médio de 0,5%. O Brasil superou até mesmo a China, que registrou um crescimento de 0,8% no mesmo período.
A notícia do desempenho econômico animou líderes políticos, como o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), que enfatizou a importância do diálogo, respeito às instituições e credibilidade internacional como fatores determinantes para esse sucesso. O senador Humberto Costa (PT-PE) também celebrou os números positivos do PIB, destacando o crescimento de 3,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Ministério da Fazenda observou vários fatores positivos que impulsionaram o crescimento econômico, incluindo a redução da inflação de alimentos, a diminuição da inadimplência devido ao programa Desenrola, melhores condições no mercado de crédito com a flexibilização monetária, o aumento da massa habitual real devido ao baixo desemprego e a melhoria dos índices de confiança em diversos setores.
A nota do governo ainda destacou as perspectivas otimistas para a economia resultantes das medidas de estímulo ao investimento, como o novo PAC, melhores condições oferecidas pelo programa Minha Casa Minha Vida e a desburocratização das emissões de debêntures no mercado de capitais.
O crescimento no setor industrial durante o segundo trimestre de 2023 foi impulsionado pelas sólidas performances das indústrias extrativas, construção, atividade de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos, e indústrias de transformação. Os setores de serviços também apresentaram resultados positivos em áreas como atividades financeiras, seguros, transporte, informação, imóveis, administração pública, saúde, educação e comércio.
Em entrevista à imprensa pela manhã, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que as atuais projeções de crescimento econômico são três vezes maiores do que as estimativas do mercado no início do ano. Ele enfatizou o trabalho árduo, o diálogo e a credibilidade como fatores fundamentais para esse notável desempenho econômico. “Em janeiro, as projeções médias do mercado apontavam para um crescimento inferior a 1%. Portanto, em relação ao que estava sendo projetado para a economia brasileira pelo mercado, estamos com um crescimento três vezes maior”, declarou.
Sinval Silva para o Itay Notícias
Foto: Reprodução/TV Brasil)
