A Polícia Federal aceitou o acordo de delação premiada proposto pela defesa do tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que também atuou como ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A notícia, divulgada inicialmente pela Globo News, foi confirmada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (7/9).
O militar encontra-se sob investigação em várias operações conduzidas pela Polícia Federal, incluindo aquelas que investigam a suposta venda ilegal de joias e outros itens do acervo presidencial durante o mandato de Jair Bolsonaro.
Agora, com a aceitação por parte da Polícia Federal, cabe ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) analisar as condições e aprovar o acordo de delação.
A Polícia Federal, em comunicado, informou que não fará comentários sobre o assunto, citando a necessidade de manter o sigilo das investigações e garantir o bom andamento dos trabalhos de polícia judiciária.
Mauro Cid encontra-se detido sob suspeita de envolvimento em um esquema de fraude relacionado aos cartões de vacinação de familiares e do ex-presidente.
Nas últimas semanas, Mauro Cid prestou diversos depoimentos à Polícia Federal, incluindo um realizado em 31 de agosto, relacionado ao caso das joias.
Além de Mauro Cid, Jair e Michelle Bolsonaro, o general Lourena Cid (pai de Mauro Cid) e os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef também foram interrogados pela Polícia Federal.
Informações preliminares indicam que apenas Mauro Cid e seu pai, Lourena Cid, prestaram depoimento em Brasília, enquanto Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro, prestou esclarecimentos em São Paulo.
Tanto Bolsonaro quanto Michelle permaneceram em silêncio durante os interrogatórios. A ex-primeira-dama fundamentou sua posição com base em um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que questiona a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o caso. Fabio Wajngarten também optou por não se pronunciar, alegando ser advogado do casal Bolsonaro.
Sinval Silva para o Itay Notícias
Fonte: Metrópolis
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles