Professores da UEPG aprovam paralisação no dia 22

Em uma assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, 16 de agosto, os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aprovaram a paralisação das atividades docentes, marcada para a próxima terça-feira, 22 de agosto. A mobilização visa a abordar diversas questões críticas por meio de uma série de ações, incluindo painéis temáticos e diálogos envolvendo toda a categoria docente.

Esta demonstração de unidade e compromisso com a causa é respaldada pelas demais seções sindicais do Paraná, sinalizando uma coesão que amplifica a voz dos professores em busca de melhorias.

Além das atividades planejadas para o campus principal em Ponta Grossa, o Sindicato dos Docentes (Sinduepg) planeja se juntar a um ato conjunto em Curitiba, onde representantes de seis outras universidades estaduais também estarão presentes. Essa união entre as instituições de ensino superior do estado do Paraná reflete a importância e a gravidade das preocupações compartilhadas.

Nos dias que antecedem a paralisação, serão amplamente disseminados materiais informativos, com o objetivo de esclarecer e sensibilizar os membros da comunidade docente sobre a situação do Plano de Carreira da categoria. Uma convocação está sendo emitida para incentivar a participação de todos na paralisação do dia 22.

O professor Marcelo Bronosky, diretor do Sinduepg, ressalta a importância do movimento como um meio de alertar sobre o destino da carreira docente no estado do Paraná. “Nossa estrutura de carreira é fundamental para mitigar as perdas inflacionárias que enfrentamos em relação aos ajustes salariais. Nosso objetivo é unir todos os professores em prol da aprovação do Plano”, destaca o professor.

A iniciativa de reestruturação do Plano de Carreira Docente, entretanto, enfrenta obstáculos burocráticos que a mantêm parada no governo do estado há mais de 60 dias. O compromisso anteriormente estabelecido pelo poder executivo de debater e encaminhar a proposta à Assembleia Legislativa não foi cumprido, deixando a comunidade docente em um estado de incerteza.

Essa não é a primeira vez que tais preocupações afloram. Em maio, as sete universidades estaduais do Paraná enfrentaram uma greve que ressaltou a importância da aprovação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) e a correção salarial (data-base). Embora o governo estadual tenha assegurado que o projeto seguiria seu curso, o desfecho foi outro. A suspensão da greve ocorreu baseada em promessas que não foram cumpridas até o presente momento.

Enquanto os professores das Universidades Estaduais do Paraná aguardam uma ação efetiva, o impasse persiste. Outras carreiras de servidores públicos têm visto seus planos serem aprovados e discutidos, enquanto o futuro dos educadores segue em suspenso. A paralisação do dia 22 de agosto é uma declaração forte e unificada, ecoando a demanda por atenção imediata e ação decisiva.

Sinval Silva para o Itay Notícias

Fonte: D’Ponta News

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