O Rio Grande do Sul enfrenta uma tragédia em decorrência das intensas tempestades que têm assolado o estado. Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil estadual na manhã desta terça-feira (12), o número de mortes confirmadas chegou a 47, com 46 pessoas ainda desaparecidas.
O município de Colinas registrou o último óbito, somando duas mortes até o momento. A cidade mais afetada é Muçum, com 16 mortes confirmadas, seguida por Roca Sales, que contabiliza 11 vítimas fatais.
Os números de óbitos prosseguem da seguinte maneira: Cruzeiro do Sul (5), Lajeado (3); Colinas, Estrela e Ibiraiaras (com 2 óbitos, cada). Bom Retiro do Sul, Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza registraram até o momento um óbito cada.
Além das vítimas fatais, a tragédia deixou um rastro de destruição com 46 pessoas desaparecidas, sendo 30 em Muçum, 8 em Lajeado e 8 em Arroio do Meio. As operações de resgate conseguiram salvar 3.130 pessoas até o momento. No total, 4.794 pessoas estão desabrigadas, e 20.517 estão desalojadas. As chuvas afetaram 97 municípios e impactaram diretamente 340.928 pessoas, deixando ainda 925 feridos.
O cenário meteorológico continua preocupante. A Sala de Situação do governo do Rio Grande do Sul emitiu um boletim meteorológico alertando para a possibilidade de alto volume de chuva e temporais nos próximos dias, especialmente na metade sul do estado.
Até sexta-feira (15), há risco de tempo severo em grande parte das regiões, com volumes de chuva variando entre 100 e 200 milímetros em diversas áreas, podendo ultrapassar 250 milímetros em pontos específicos. Além disso, o risco é elevado para granizo, descargas elétricas e ventos fortes.
O risco de tempo severo, inicialmente previsto para a metade sul, deve se estender para a maioria das regiões, principalmente na quarta-feira (13), abrangendo a região dos vales e o leste do estado. Na quinta-feira (14), a expectativa é de chuvas moderadas a fortes com vento, especialmente na metade sul, regiões dos vales, noroeste, norte, leste e nordeste. Não está descartada a possibilidade de transtornos relacionados a temporais isolados e acumulados significativos. A população gaúcha precisa se manter alerta diante dessas adversidades climáticas.
Sinval Silva para o Itay Notícias
Fonte: Agência Brasil
