Uma tragédia sem precedentes atingiu Marrocos na noite de sexta-feira, deixando um rastro de destruição. O balanço oficial do Ministério do Interior do país agora reporta mais de 2.000 mortos e mais de 2.000 feridos, sendo que 1.404 estão em estado grave. Infelizmente, esses números devem continuar aumentando à medida que as operações de busca e resgate prosseguem.
A província de Al-Haouz, onde o epicentro do terremoto foi registrado, é a mais afetada, com um total de 1.293 vítimas fatais, seguida pela província de Taroudant, com 452 mortos. Nessas áreas, localizadas a sudoeste de Marraquexe, aldeias inteiras foram devastadas.
Moradores como Lahcen, da aldeia de Moulay Brahim, no Alto Atlas, perderam tudo, incluindo seus entes queridos. “Não posso fazer nada agora, só quero fugir do mundo, chorar”, lamentou ele após perder sua esposa e quatro filhos no desastre.
A Organização Mundial da Saúde informou que mais de 300 mil pessoas foram afetadas pelo terremoto.
O impacto também pode ser visto nas estradas, onde grandes pedaços de penhascos desmoronaram, bloqueando parcialmente o acesso entre a cidade e as montanhas do Alto Atlas.
Com a situação crítica, Caroline Holt, diretora de operações da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, afirmou que as próximas 24 a 48 horas serão cruciais para as operações de resgate.
O terremoto, que atingiu 7,0 na escala Richter, com epicentro em Ighil, 63 quilômetros a sudoeste de Marraquexe, foi sentido em Portugal e Espanha. O reino de Marrocos decretou três dias de luto nacional em memória das vítimas deste desastre sem precedentes.
Sinval Silva para o Itay Notícias
Fonte: RPT Notícias
Foto: Hannah McKay – Reuters
