Vereador de Ponta Grossa pode ser cassado

Na última sessão ordinária da Câmara Municipal de Ponta Grossa, realizada nesta quarta-feira (30), ocorreu a aprovação da abertura de uma Comissão Parlamentar Processante (CPP). O foco da investigação recai sobre Celso Cieslak, vereador atualmente afastado, acusado de quebra de decoro parlamentar. Essa medida surge como desdobramento das investigações da Operação Pactum, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que expôs a suposta participação de agentes políticos em uma organização criminosa envolvendo corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e fraude a licitações.

A abertura da CPP foi proposta pelo vereador Sargento Guiarone (PRTB), que assumiu temporariamente a posição de Cieslak após seu afastamento ordenado pela 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa. Com uma votação de 10 votos favoráveis, 4 contrários e 1 abstenção, o pedido avançou.

Guiarone expressou sua motivação, observando a seriedade da situação. Ele alega que as ações de Cieslak não estão em consonância com a postura ética e responsável que um parlamentar deve adotar. Ao abusar de seu cargo para benefício próprio e participar de atividades que envolvem fraude em licitações, o vereador teria violado o regimento interno da casa legislativa e causado danos aos cofres públicos.

Guiarone argumenta que seu pedido se baseia nas diretrizes do regimento interno da Câmara, na lei orgânica e no decreto 201 de 7 de fevereiro de 1967, que tratam das condutas parlamentares. Ele esclarece que o pedido não tem vínculo com aspectos criminais, mas sim com o compromisso político e ético inerente ao cargo que Cieslak ocupava. Guiarone reforça que os diálogos entre Cieslak e o vereador Stocco, que mencionam propinas para influenciar relatórios da CPI, desencadearam essa atitude.

O advogado de defesa de Cieslak, Dr. Alexandre Buhrer, apresentou uma defesa na sessão. Ele argumentou que a denúncia carece de evidências sólidas e baseia-se em notícias veiculadas na imprensa. Buhrer levantou a falta de sustentação para as alegações que justificariam a cassação, destacando a importância da veracidade dos fatos imputados.

Agora, a Comissão Parlamentar Processante entra em ação, composta pelos vereadores Doutor Zeca (União), Josi do Coletivo (PSOL) e Daniel Milla (PSD). Esses legisladores serão responsáveis por investigar a fundo os eventos e emitir um parecer, que será votado pelo plenário da câmara, e poderá resultar na cassação do vereador de Ponta Grossa.

Sinval Silva para o Itay Notícias

Fonte: D’Ponta News
Foto: Câmara Municipal de Ponta Grossa

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